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A constelação família no direito de família

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#pratodosverem: artigo: A constelação família no direito de família. Na foto, uma família reunida. Cores na imagem: preto, dourado.
Direito de família

Dentre as várias alternativas disponíveis para a resolução de conflitos dentro da esfera do direito de família, disponíveis tanto pelo Poder Judiciário, quanto pelos profissionais do Direito e parcerias com profissionais devidamente capacitados, encontra-se a Constelação Familiar, aplicada com sucesso perante os Tribunais do país.

Em apertada síntese, a Constelação Familiar, criada pelo pesquisador, teólogo e filósofo alemão Bert Hellinger, é um método terapêutico alternativo, não empírico, que consiste em verificar o porquê de um conflito familiar existir entre as gerações daquela família que afeta diretamente determinado familiar (o Constelado), com base em busca de situações do passado, desconstruindo-se problemas até chegar ao problema principal, identificando-o.

A resposta irá se basear na construção da árvore genealógica daquele indivíduo: a constelação irá buscar resolver os conflitos ocultos nas gerações do Constelado, até chegar ao indivíduo e trazer a percepção do porquê aquele conflito existe e se é possível resolvê-lo de forma consensual.

A dinâmica da Constelação Familiar pode ser realizada de forma individual (com objetos) ou em grupo (com voluntários) e durante a sessão, devidamente conduzida por profissional capacitado, são realizadas dinâmicas com a recriação de cenas de sentimentos que o Constelado possui perante a sua família.

Ressalta-se que o método tornou-se tão importante, que fora incluso pelo Ministério da Saúde no rol de procedimentos disponíveis no Sistema Único de Saúde.

Alguns Tribunais do país vêm utilizando a Constelação Familiar como mais uma forma de resolução de conflito, baseado na determinação do Conselho Nacional de Justiça, através da Resolução n. 125/2010, bem como posteriormente através do Código de Processo Civil de 2015, os quais dispõem sobre a política e tratamento adequado para a resolução de conflitos no âmbito do Poder Judiciário, tornando obrigatória a tentativa de resolução do conflito por meios consensual, antes da prolação de sentença.

A ideia da Constelação Familiar é fazer com que o indivíduo enxergue problemas familiares ocultos que podem ter levado ao problema que buscou o auxílio no Judiciário, estabilizando a relação familiar.

A prática da Constelação Familiar resulta em acordos que serão homologados pelo Judiciário, baseado em escolhas das partes, orientadas por seus advogados e profissionais capacitados, não deixando uma decisão tão importante em suas vidas para um terceiro imparcial, que infelizmente, não sabe os detalhes que fizeram o conflito surgir.

Diante da morosidade do Judiciário, fato notório ante as inúmeras demandas que muitas vezes, sequer deveriam ser objeto de análise pelo Poder Judiciário, a conciliação, seja por mediação, seja por arbitragem, seja pela própria Constelação Familiar é o meio mais rápido e adequado para resolução de conflitos, principalmente dentro do direito de família, em que mesmo com a afetividade entre as partes desfeita, as repercussões da relação não findam.

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